És a droga

Desde que partiste, para esse teu mundo, tão distante do meu, tudo o que me envolve, deixou por absoluto, de ter sentido próprio. O meu pensamento, foge-me, vezes sem conta, aproveitando-se dos momentos, de reflexão. Seja sentada ou de pé, em qualquer lugar, as viagens são uma constante. Não perdoam oportunidades.
Posso dizer até, que estas distracções, não me fazem avançar no tempo. Sinceramente, isso não me preocupa, é sinal que continuo a pensar, ainda vivo. Os slides vêem, passam todos, eu vejo e relembro. Eu estive ali, contigo. E eu quero aquele tempo de volta, faço tudo de novo... porque quando estavas aqui, era tudo perfeito. Não havia “mas”, nem “esperas”. Por mais que o mundo, à nossa volta fosse degradado, nada interessava, porque estávamos juntos! Agora vou esperar, vou correr, vou repor forças, contigo na mente.
Os lençóis movem-se à espera de te cobrir, na ânsia de te enlaçar, para que possas aqui residir, a tempo inteiro. As minhas mãos tremem continuamente, com a ausência da tua importância, como qualquer pessoa se sente, com a falta do seu comprimido diário. Por mais que queiram, nem distância, nem qualquer outro tratamento, me vai conseguir desintoxicar. És a minha droga, fazes-me bem.

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