Tem de ser

A obrigação do verbo “ir”, faz com que eu cesse perante todos os pedidos de encosto. Mas eu não quero, não me sinto com vontade, nem com paciência, porque afinal até me deixa cansada e é, sem duvida uma grande perda de tempo. Embora que, no espaço que acabei de pisar, nos últimos dias, me dê um certo gozo em fazê-lo.
Aqui, assim, estou muito melhor, enquanto posso… não tenho que pensar em coisas erradas, nem em cenas que ultrapassam a realidade. Sinto-me bem, enquanto espero pela fase do movimento, conseguindo-me controlar, por incrível que pareça e por mais difícil de seja.
Resta-me fitar o que permanece em meu redor e deixar continuar, o pensamento mais louco que reside como hóspede, permanente.
O tempo passa-me à frente, tão complexadamente e eu encontro-me só, sem ter um ponto fixo. Faço de tudo para adiar esta necessidade, mas inditosamente, hoje, os meus olhos já pedem e as costas reclamam, por isso vos digo, da maneira mais infausta: “Tenho de ir”.

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