Hoje

Hoje, hoje, hoje… Não foi um daqueles dias banais, em que passei, horas e horas, em frente à mísera televisão a comer porcarias.
Por muito que me custou, fui obrigada a levantar o rabinho da cama mais cedo que o Galo aqui da casa.
Sim, porque até essa criatura, se levantou mais tarde, e eu... Eu tive que fazer o amargo sacrifício de retirar os lençóis que me aconchegavam no meu profundo sono, estes, que desde criança, servem de abrigo contra os pesadelos. Coberta por aqueles panos, sentia-me protegida de todo o mundo, lá fora, e dos monstros mais cruéis dos falsos sonhos, os vampiros, os ladroes e até o maldito papão.
Lá pisei o chão, na altura em que aquele estúpido despertador me fez ficar com um humor, inconfundível.
Percorri o corredor ainda aos s's e certifiquei-me daquela hora que atordoava qualquer ser vivo.
Comecei a puxar por um par de calças e uma camisola ainda de olhos fechados e despertei depois com aquela corrente que me caia sobre os ombros e me descontraia os músculos, contraídos pela preguiça.
Depois de ter lavado a cara mais uma vez e de ter escovado bem os dentes, fui abrindo lentamente os olhos enquanto me encaminhava para o pequeno-almoço.
Eram torradas bem tostadas, cobertas de compota e um café bem forte, que me levou a despertar por completo, sabor esse, que perdurou durante longos minutos na minha boca.
Finalmente meti-me no carro enquanto sentia que ainda precisava de umas boas horas, deitada naquele aconchego, tão real, que naquele momento, parecia um sonho, incapaz de se concretizar.
Depois de chegar ao destino, onde tinha combinado, com aquela rapariga, que há tanto me atura, corri e abracei aquele corpo, que me conforta quando mais preciso.
Fomos caminhando para o primeiro de muitos dias da tortura constante enquanto conversámos sobre as novidades e sobre como tinha sido o período que antes tinha sido, o mais aconchegante e reconfortante.
Não posso dizer que este dia correu bem, mas também não correu mal… entre algumas gargalhadas e o matar de tantas saudades, este dia foi o típico primeiro dia de aulas, em que se discutiram as tais conversas de encher chouriço, diálogos em que não se diz, nem aprende absolutamente nada.
Agora resíduo aqui a pensar como é que vai ser o segundo, o terceiro, o quarto dia e o fim-de-semana.

Texto realizado por: jezebel & muser

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