Lágrimas.

Coloco cada lágrima em insignificantes lenços de papel, que lanço fora quando cheios. Nada me faz cessar, esta torneira que pinga, desesperadamente, repleto de angústia e de sofrimento. Podia parar, podia! Mas a verdade é que não consigo conter tanta gota, que provem da infelicidade, que saltou, para a minha pequena mala de viagem.
Quando me deito, com o objectivo de entrar num daqueles sonos profundos, custosos de contrariar e com esperanças de deixar esquecido o tormento, após tal repouso, é quando reflicto mais, o que origina, uma vez mais, um balde de lágrimas. Aí, fecho os olhos e planeio.
Quando acordo, deparo-me novamente com fantasmas que não me largam, que não se foram embora, nem se tornaram mais fáceis de suportar, como eu tanto queria. Recomeço a soltar doces pingos, que me escorrem pela face e acabam no chão. Agora, já nem limpo nem seco nada. Que venha tudo de uma vez, para quando voltares, eu sorrir, sem substâncias a mais.

1 comentários:

Anónimo disse...

lágrimas. não as queremos verter, mas ajudam muito.

 
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